28 de mai. de 2011

Criogenia humana: A vida eterna é possível?

     Algumas pessoas pagam verdadeiras fortunas para terem seus corpos congelados após a morte, acreditando que no futuro, a tecnologia e a medicina estarão tão avançadas que poderão ter seus corpos ressuscitados. Cerca de 100 pessoas e alguns animais de estimação já utilizam o serviço e estão congelados em uma das únicas duas empresas que disponibilizam o processo. O preço, pela vida eterna, é um pouco salgado, mas existe a opção de preservação apenas da cabeça que é bem mais em conta. A criogenia já é utilizada em células-tronco do cordão umbilical e em células-tronco embrionárias há alguns anos, mas isso só é possível, porque foram criadas substâncias químicas que impedem que o líquido existente dentro dessas células congele e cause uma ruptura. Já para um humano formado, ainda não foram inventadas substâncias químicas que protejam toda a diversidade de líquidos existentes nas células. Além disso, para que a criogenia humana obtenha êxito, será necessário que no futuro exista cura para a doença que causou a morte da pessoa e que técnicas de descongelamento eficazes sejam desenvolvidas. E o quê acontece se a empresa responsável pelo armazenamento do corpo falir? Nas empresas de preservação de células-tronco há cláusulas no contrato afirmando que em caso de fechamento, o banco será transferido para outra empresa, mas esse ramo já está consolidado no meio científico e não há dúvidas de que sempre haverá empresas nesse segmento. Mas no caso da criogenia humana não há certezas de que as pesquisas continuarão. Algumas outras dúvidas têm cunho religioso. Na maioria das religiões, acredita-se que o ser humano é formado de matéria e espírito e que após a morte, a alma encontra seu descanso eterno. Portanto, como seria possível, do ponto de vista religioso, que uma pessoa voltasse após a morte? De acordo com a lei, apenas os legalmente mortos podem ser congelados e de acordo com os cientistas isso não significa que a pessoa esteja totalmente morta. A morte total é definida quando as funções cerebrais cessam já uma morte legal ocorre quando o coração para de bater, mas a pessoa ainda apresenta algumas funções cerebrais. Então, será que apenas pessoas nessas condições poderiam retornar à vida? A verdade é que há muitas perguntas sem respostas e nenhuma garantia, mesmo assim, existe uma fila de pessoas esperando para terem seus copos congelados após a morte. Há muitas esperanças, crenças nos progressos científicos e nos avanços tecnológicos e, como li antes, já seria absurdamente incrível, se os cientistas conseguissem ao menos fazer com que um organismo morto voltasse a ter atividades vitais, independentemente da existência de uma consciência ou não.                                                     

                                       Fonte: http://www.ruadireita.com/saude/

Estudo revela como células 'podem ter vida eterna'

Pesquisadores britânicos anunciaram que a descoberta de como células cancerígenas "conseguem viver para sempre" pode levar ao desenvolvimento de novos tratamentos.
Células
                                           Células são dotadas de uma espécie de cronômetro

    Segundo os cientistas do Cancer Research UK, uma organização britânica voltada para o estudo do combate ao câncer, as células cancerígenas não são dotadas de uma espécie de “cronômetro” que normalmente determina a vida útil das células comuns – por isso eles seguem se reproduzindo indefinidamente. Os cientistas explicaram como a descoberta pode ser útil contra o câncer em um artigo publicado na revista especializada Cell. Segundo os pesquisadores, o "cronômetro" natural poderá um dia ser "instalado" em células cancerígenas, acelerando a sua morte.

Bloqueio

    O processo de envelhecimento celular é controlado por faixas de DNA localizadas no final dos cromossomos. Essas faixas, chamadas telômeros, se tornam mais curtas cada vez que uma célula se divide – e assim sucessivamente até não sobrar nada. Assim a célula "entende" que é hora de morrer.
Mas células cancerígenas são capazes de bloquear esse processo de envelhecimento, pois utilizam a enzima telomerase para reconstruir seus telômeros. Os cientistas, no entanto, já sabiam que esse pode não ser o único mecanismo, já que as células cancerígenas também podem atingir a “imortalidade” sem lançar mão dele.

'Escudo'

     No estudo britânico, os pesquisadores usaram uma técnica denominada imunofluorescência para observar como agiam as moléculas de células cancerígenas. Uma molécula em especial, chamada RAD51D, aparecia frequentemente na região dos telômeros, sugerindo que estava interagindo de alguma forma com o "cronômetro". Ao bloquearem a atividade da RAD51D, os cientistas descobriram que era causado um dano profundo aos telômeros e a outras partes do genoma – sinal de envelhecimento acelerado. A constatação indica que a molécula age como um "escudo" protetor dos telômeros em células cancerígenas, evitando o desgaste natural da estrutura. A equipe de pesquisadores acredita que a descoberta pode abrir um novo caminho para combater até 10% dos tumores. "O câncer tem uma habilidade impressionante em se livrar das algemas do envelhecimento e da morte, o que é um dos motivos por que é tão difícil vencê-lo", disse a cientista Madalena Tarasounas, que liderou o estudo. "Entender como as células cancerígenas permanecem jovens eternamente tem sido objeto de estudo há mais de uma década, então é muito emocionante ter feito essa descoberta", afirmou. "Esse estudo nos dá a possibilidade de tornar as células cancerígenas suscetíveis à morte."

                                  Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/

24 de mai. de 2011

Assista ao vídeo

Assista ao vídeo a segur sobre meninos de Paraisópolis que sonham em ser jogadores de futebol:

15 de mai. de 2011

Futebol e preconceito

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     Na sociedade sempre existiram e sempre vão existir crenças, cores, sotaques, tipos físicos, opções sexuais e pessoas distintas. Mesmo que as diferenças sejam comuns, nem sempre são aceitas e geram diversas formas de preconceito no ambiente de trabalho, na escola, na faculdade e, claro, no esporte. No caso do futebol sempre existiu discriminação de algum tipo. A famosa expressão “pó-de-arroz”, por exemplo, vem da época em que atletas negros, proibidos de jogar na maioria dos clubes, passavam pó no rosto para tentar uma chance no elenco. Infelizmente, temos inúmeros exemplos de atos racistas nos dias atuais: em uma partida entre o Bayern Leverkussen e Real Madrid, a torcida espanhola imitava macacos todas vez que os brasileiros Juan e Roque Júnior tinham domínio da bola. Em outras ocasiões, torcedores jogaram bananas no campo em menção do xingamento racista mais popular entre os gringos: macaco. Eto’o, pelo Barcelona, foi uma dessas vítimas. O caso com o jogador Grafite em pleno Morumbi foi um dos mais falados. Em uma partida entre São Paulo e Quilmes pela Libertadores de 2005, Desábato chamou o ex-são-paulino de “macaco”. O atacante registrou queixa na delegacia, o argentino foi preso algumas horas após o término do jogo, mas foi solto mediante o pagamento de fiança. Na Libertadores desse ano foi Máxi Lopez, atacante do Grêmio, quem demonstrou racismo: chamou o volante Elicarlos de “macaco” nos gramados do Mineirão em partida contra o Cruzeiro. O caso foi para a polícia, mas no depoimento o argentino afirmou “não saber nem o que significava a palavra macaco” e ficou impune.
        Pode ser coincidência ou baixa demanda de interessados, mas existem pouquíssimos treinadores negros em atuação na primeira divisão do principal campeonato do país: o Brasileirão. Nas primeiras rodadas do segundo turno desse ano havia apenas um treinador negro dentre os 20 que comandam as equipes (Andrade, do Flamengo). Essa escassez também pode ser observada nas posições de dirigentes de futebol. Além do preconceito racial, no início do esporte no país, integrantes das classes mais baixas da sociedade também eram proibidos de jogar bola. Alguém consegue imaginar um esporte de massa sendo praticado apenas por pessoas ricas? Com certeza muitos talentos seriam desperdiçados.Apesar do preconceito ser disparado contra pessoas de diversas nacionalidades, ironicamente, o maior alvo são os jogadores nascidos no país do futebol. Roberto Carlos e outros brasileiros “exportados” para países da Europa já chegaram a ser insultados pela cor da pele e também pela origem. Desde 2006 a Federação Paulista de Futebol promove a campanha “Racismo, aqui não!”, tentando afastar esse problema social dos gramados e das arquibancadas. Diversos atletas declaram apoio à iniciativa. Vale lembrar que a atual Constituição Federal do Brasil caracteriza como crime o racismo, a discriminação e a prática de atos de preconceito racial de qualquer natureza.
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        Ultimamente, em território brasileiro, é o são-paulino Richarlyson quem tem sofrido com discriminação. Um dirigente do Palmeiras fez insinuações colocando em prova sua masculinidade e pior ainda, a própria torcida tricolor tem atitudes preconceituosas com o volante/ zagueiro. O jogador – que nunca se declarou homossexual – não tem seu nome citado na saudação inicial das partidas e já foi até xingado pela nação são-paulina. Mesmo tendo um bom desempenho em campo, parte dos torcedores (principalmente os integrantes da maior torcida organizada do time) o julga homossexual e se recusa a prestar apoio a ele como fazem com os outros do elenco. No futebol feminino, segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Psicologia das USP, o preconceito é o maior causador de stress emocional entre as mulheres, fator totalmente prejudicial à saúde física e mental das atletas.
Mesmo com a Seleção Brasileira tendo ficado em ótima colocação nas últimas Olimpíadas (posição superior inclusive à equipe masculina do Brasil), ainda existem os defensores da idéia que “mulher não tem capacidade de jogar futebol”. Além disso, esse “pé atrás” influi até na parte financeira das equipes femininas: é um setor onde a falta de investimento, patrocínio e incentivo é explícita. Ainda envolvendo mulheres, quem não se lembra da Ana Paula de Oliveira? Se cometer erros é normal nas funções do trio de arbitragem de futebol (infelizmente), os da bandeirinha não foram aceitáveis. Por causa de alguns enganos foi afastada da função pela Confederação Brasileira de Futebol – e cá entre nós, se todos os árbitros que cometessem erros fossem afastados não teríamos mais quase ninguém pra apitar os jogos. Pra piorar a situação, logo depois do afastamento, Ana Paula posou nua e afastou ainda mais a possibilidade de bandeirar de novo.
        É difícil acabar com um problema tão grande, principalmente se ele parece ganhar mais adeptos ao longo do tempo, contrariando totalmente a lógica da evolução intelectual e cultural humana. Por mais que numa partida de futebol alguns xingamentos e ofensas sejam “normais” vindos das arquibancadas ou entre os próprios atletas, o preconceito é crime. Esses casos não podem ser encarados como coisas normais e muito menos aceitáveis em uma sociedade democrática compostas por bilhões de pessoas que são diferentes umas das outras.

                                                                           Fonte: http://www.mtdf.com.br/

9 de mai. de 2011

Futebol feminino: superando o preconceito

                                 
        O primeiro jogo de futebol feminino aconteceu na Inglaterra em 1896, entre as seleções inglesa e escocesa. No Brasil, tudo começou nos anos 30, enquanto o futebol masculino já estava organizado desde 1894. Em 1959, atrizes do teatro de revista - como Dercy Gonçalves e Marly Marley - entraram no estádio do Pacaembu para um partida beneficente.
Durante o regime militar, as mulheres eram proibidas de jogar futebol e o veto foi revogado apenas em 1981. Nesta época, a Fifa formou uma comissão para estudar o assunto, ao passo que a União Européia de Futebol (UEFA) já tinha um regulamento pronto. Somente em 1983, o Conselho Nacional de Desportos reconheceu e determinou normas básicas para a prática do esporte entre as mulheres.
Em 1982, o time carioca Radar conquistou o Women's Cup of Spain, colecionando títulos nacionais e internacionais. Esses resultados estimularam o nascimento de novos times, entre eles Vasco da Gama, no Rio de Janeiro, e o Saad, em São Paulo.
Em 1987, a CBF já havia cadastrado dois mil clubes e atualmente o futebol feminino faz parte do calendário oficial da Fifa, tendo o primeiro campeonato mundial realizado na China, em 1991.
Esse histórico demonstra um percurso no mínimo difícil para o futebol feminino e essa dificuldade também se expressa na vida das jogadoras.
Muitas vezes a própria família não incentiva e reprova a prática e elas precisam lutar dentro e fora do campo para seguir nesse esporte tão valorizado quando se trata de time masculino. Se para o menino ser um jogador de futebol é um sonho, para as meninas é um verdadeiro pesadelo! Elas relatam que precisam de muita coragem e força de vontade para enfrentar todos os obstáculos.
É flagrante observar a desigualdade vivida por elas. Mesmo inseridas em um contexto dominado por homens e arcando com a responsabilidade de viver no ‘país do futebol’, essas brasileiras enfrentam as diferenças de maneira valente, pois sofrem justamente por essa contradição, já que só há privilégios, prestígios, recursos, condições e dinheiro no futebol masculino. Se é verdade que o futebol proporciona à sociedade brasileira a experiência de igualdade e de justiça social, algo precisa ser feito pelo e para o futebol feminino para reparar esse erro.
A falta de apoio e de visibilidade não corresponde ao desempenho, pois o futebol feminino obteve resultados expressivos em campeonatos internacionais, como a medalha de bronze conquistada na Copa do Mundo (1999), o 3o. lugar no Mundial Sub-20 (2006) e a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007.
Elas sabem que para garantir esse espaço precisam superar esse preconceito, lutar por melhores condições e pela garantia de realização e satisfação dentro dessa atividade esportiva e dependem dessa conquista para manter sua opção profissional.
Em 1982, o time carioca Radar conquistou o Women's Cup of Spain, colecionando títulos nacionais e internacionais. Esses resultados estimularam o nascimento de novos times, entre eles Vasco da Gama, no Rio de Janeiro, e o Saad, em São Paulo.
Em 1987, a CBF já havia cadastrado dois mil clubes e atualmente o futebol feminino faz parte do calendário oficial da Fifa, tendo o primeiro campeonato mundial realizado na China, em 1991.
Esse histórico demonstra um percurso no mínimo difícil para o futebol feminino e essa dificuldade também se expressa na vida das jogadoras.
Muitas vezes a própria família não incentiva e reprova a prática e elas precisam lutar dentro e fora do campo para seguir nesse esporte tão valorizado quando se trata de time masculino. Se para o menino ser um jogador de futebol é um sonho, para as meninas é um verdadeiro pesadelo! Elas relatam que precisam de muita coragem e força de vontade para enfrentar todos os obstáculos.
É flagrante observar a desigualdade vivida por elas. Mesmo inseridas em um contexto dominado por homens e arcando com a responsabilidade de viver no ‘país do futebol’, essas brasileiras enfrentam as diferenças de maneira valente, pois sofrem justamente por essa contradição, já que só há privilégios, prestígios, recursos, condições e dinheiro no futebol masculino. Se é verdade que o futebol proporciona à sociedade brasileira a experiência de igualdade e de justiça social, algo precisa ser feito pelo e para o futebol feminino para reparar esse erro.
A falta de apoio e de visibilidade não corresponde ao desempenho, pois o futebol feminino obteve resultados expressivos em campeonatos internacionais, como a medalha de bronze conquistada na Copa do Mundo (1999), o 3o. lugar no Mundial Sub-20 (2006) e a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007.
Elas sabem que para garantir esse espaço precisam superar esse preconceito, lutar por melhores condições e pela garantia de realização e satisfação dentro dessa atividade esportiva e dependem dessa conquista para manter sua opção profissional.
Em 1982, o time carioca Radar conquistou o Women's Cup of Spain, colecionando títulos nacionais e internacionais. Esses resultados estimularam o nascimento de novos times, entre eles Vasco da Gama, no Rio de Janeiro, e o Saad, em São Paulo.
Em 1987, a CBF já havia cadastrado dois mil clubes e atualmente o futebol feminino faz parte do calendário oficial da Fifa, tendo o primeiro campeonato mundial realizado na China, em 1991.
Esse histórico demonstra um percurso no mínimo difícil para o futebol feminino e essa dificuldade também se expressa na vida das jogadoras.
Muitas vezes a própria família não incentiva e reprova a prática e elas precisam lutar dentro e fora do campo para seguir nesse esporte tão valorizado quando se trata de time masculino. Se para o menino ser um jogador de futebol é um sonho, para as meninas é um verdadeiro pesadelo! Elas relatam que precisam de muita coragem e força de vontade para enfrentar todos os obstáculos.
É flagrante observar a desigualdade vivida por elas. Mesmo inseridas em um contexto dominado por homens e arcando com a responsabilidade de viver no ‘país do futebol’, essas brasileiras enfrentam as diferenças de maneira valente, pois sofrem justamente por essa contradição, já que só há privilégios, prestígios, recursos, condições e dinheiro no futebol masculino. Se é verdade que o futebol proporciona à sociedade brasileira a experiência de igualdade e de justiça social, algo precisa ser feito pelo e para o futebol feminino para reparar esse erro.
A falta de apoio e de visibilidade não corresponde ao desempenho, pois o futebol feminino obteve resultados expressivos em campeonatos internacionais, como a medalha de bronze conquistada na Copa do Mundo (1999), o 3o. lugar no Mundial Sub-20 (2006) e a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007.
Elas sabem que para garantir esse espaço precisam superar esse preconceito, lutar por melhores condições e pela garantia de realização e satisfação dentro dessa atividade esportiva e dependem dessa conquista para manter sua opção profissional.
Em 1982, o time carioca Radar conquistou o Women's Cup of Spain, colecionando títulos nacionais e internacionais. Esses resultados estimularam o nascimento de novos times, entre eles Vasco da Gama, no Rio de Janeiro, e o Saad, em São Paulo.
Em 1987, a CBF já havia cadastrado dois mil clubes e atualmente o futebol feminino faz parte do calendário oficial da Fifa, tendo o primeiro campeonato mundial realizado na China, em 1991.
Esse histórico demonstra um percurso no mínimo difícil para o futebol feminino e essa dificuldade também se expressa na vida das jogadoras.
Muitas vezes a própria família não incentiva e reprova a prática e elas precisam lutar dentro e fora do campo para seguir nesse esporte tão valorizado quando se trata de time masculino. Se para o menino ser um jogador de futebol é um sonho, para as meninas é um verdadeiro pesadelo! Elas relatam que precisam de muita coragem e força de vontade para enfrentar todos os obstáculos.
É flagrante observar a desigualdade vivida por elas. Mesmo inseridas em um contexto dominado por homens e arcando com a responsabilidade de viver no ‘país do futebol’, essas brasileiras enfrentam as diferenças de maneira valente, pois sofrem justamente por essa contradição, já que só há privilégios, prestígios, recursos, condições e dinheiro no futebol masculino. Se é verdade que o futebol proporciona à sociedade brasileira a experiência de igualdade e de justiça social, algo precisa ser feito pelo e para o futebol feminino para reparar esse erro.
A falta de apoio e de visibilidade não corresponde ao desempenho, pois o futebol feminino obteve resultados expressivos em campeonatos internacionais, como a medalha de bronze conquistada na Copa do Mundo (1999), o 3o. lugar no Mundial Sub-20 (2006) e a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007.
Elas sabem que para garantir esse espaço precisam superar esse preconceito, lutar por melhores condições e pela garantia de realização e satisfação dentro dessa atividade esportiva e dependem dessa conquista para manter sua opção profissional.
Legítimas guerreiras que escolheram o caminho mais difícil ao preferir esse esporte a outro mais ‘feminino’, como o vôlei, a ginástica e a dança, fazem desse ambiente uma forma de se fortalecer e mostram a força de sua feminilidade através de seus comportamentos e mecanismos psicossociais!
O batom, o perfume, o creme e o gel no cabelo delicadamente arrumado só intensificam o que elas são: determinadas, sensíveis, dedicadas, corajosas e batalhadoras! Assim, sem anular ou ignorar as diferenças entre o masculino e o feminino, devemos questionar o absolutismo desses conceitos e buscar captar uma versão atualizada da feminilidade, refletindo sobre uma nova concepção de masculino e feminino num contexto de liberdade, igualdade e participação.

                                                                                 Fonte: http://www.artigos.com/